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Foto do escritorDane Souza

Coletivo Tapera estabelece diálogo da cultura regional com o universo pop


Grupo formado por músicos de Itapema aposta na produção musical autoral para falar de temas da cultura catarinense


É inegável que a riqueza cultural brasileira advém do processo de formação do nosso povo, marcado por miscigenação, mistura de povos, etnias, e, por consequência, pela mescla de suas manifestações culturais. Reconhecer o valor das diferenças e o potencial transformador da diversidade, portanto, é o caminho mais libertador para a sociedade brasileira.


É essa a postura do Coletivo Tapera, formado por seis músicos de Itapema, no litoral catarinense, há aproximadamente sete meses. Tinho Santos, Sérgio Negrão, Peter Allan, Teteu Caetano, Nicolas Santos e Ariel Jimenez comungam da dedicação à música autoral e se uniram na criação do projeto. O objetivo é fomentar a produção musical com foco em temáticas regionais, mas dialogando com a linguagem do universo da música pop.


Com exceção de Ariel, percussionista argentino, os demais integrantes são cantores e compositores, que agregam influências musicais diversas, uma vez que, em seus trabalhos solo, se dedicam a estilos musicais bem distintos. Aportam, então, o rock, o reggae, MPB, surf music, bossa nova, entre outros ritmos, para falar sobre a cultura do litoral catarinense.


“Os assuntos que a gente aborda transitam muito pelas questões do mar, da pesca, da natureza, falam dos usos e costumes locais e passam também pela variante linguística que é bem característica aqui da região”, comenta Peter Allan. A ideia, define Teteu Caetano, é construir uma aproximação entre as manifestações culturais regionais com a cultura pop, representada pela estética sonora das canções compostas para o coletivo.


Como não poderia deixar de ser, a construção do repertório acontece de maneira coletiva. As músicas são trazidas por cada um dos compositores e então ganham arranjos a partir da troca de ideias entre o grupo. “Nosso processo é bem criativo, a gente faz quase que versões das músicas de cada um. É uma coisa maravilhosa, porque saem várias interpretações e é uma construção superinteressante”, destaca Tinho Santos.

Produção audiovisual intensa e perspectivas de gravação


O surgimento do Coletivo Tapera se deu no meio do turbilhão da pandemia, que paralisou completamente a atividade dos músicos. Sendo assim, desde o início do trabalho, o grupo apostou em uma produção audiovisual bastante intensa e de excelente qualidade. O farto material pode ser conferido no canal do coletivo no YouTube clicando aqui.


A ideia, conforme salienta Sérgio Negrão, é de compensar a impossibilidade da realização de shows e levar ao público, por meio dos vídeos, uma experiência que simule a energia de apresentações ao vivo. Show, aliás, que os músicos já estão preparando e pretendem levar para auditórios e teatros estado afora assim que as medidas restritivas permitam.


Também está nos planos a entrada em estúdio para gravar, de maneira oficial, as músicas produzidas pelo coletivo, o que deve acontecer nos próximos meses. “Provavelmente a gente comece com um single e depois parta para a gravação de um álbum, só de músicas autorais do projeto. Com certeza, esse é um dos principais objetivos que queremos alcançar em breve. Queremos apresentar ao público um trabalho de excelente qualidade”, pontua Nicolas Santos.


Para ficar por dentro de todas as novidades do Coletivo Tapera, basta clicar aqui.

Texto: Thiago Furtado

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